Mulheres Reais | #116 Por que crianças precisam de mais brincadeiras livres e menos atividades guiadas?
Fechando a Semana Mundial do Brincar, que aconteceu de 25 de maio a 2 de junho, Luciana Garbin e Carolina Ercolin abordaram no Mulheres Reais a reconexão com a cultura da infância através das diversas formas e potenciais do faz de conta também entre pais e filhos. A jornalista Pat Camargo, especialista em desenvolvimento infantil e sócia do Tempo Junto, chama a atenção para o poder da relação de afeto alcançada através de brincadeiras, muitas vezes consideradas por adultos como algo menor, não essencial, a partir de uma visão utilitarista da imaginação. “Ao vermos a criança como um mini adulto - ou seja, uma pessoa que não é ela em si mesma, mas o que ela vai ser quando crescer - o brincar foi perdendo espaço. Foi deixando de ser algo importante como expressão de como se vê o mundo e passou a ser aquela coisa que se faz quando dá tempo. Depois que a criança fez todas as tarefas, todas as atividades que elegemos como importantes para ela ser um adulto de sucesso, feliz, saudável, daí sim ela é liberada para brincar. Comeu todo o jantar, fez a lição? Agora pode brincar”, pondera Pat. Segundo ela, é preciso deixar de lado a funcionalidade do brincar ‘para’ alguma coisa. “Para desenvolver alguma habilidade, para ficar quieto, para aprender a ler”. A verdade é que o brincar é a expressão natural da criança, é onde ela se desenvolve e é potente nele mesmo”, conclui.
O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
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