A votação para o Parlamento Europeu mobiliza mais de 370 milhões de eleitores em 27 países - é o segundo maior processo eleitoral do mundo. Além de definirem quem serão os 720 ocupantes das cadeiras do parlamento, as urnas funcionam como um termômetro da aprovação dos governantes dentro de seus próprios países. E a temperatura do pleito realizado no último domingo (9) indica uma extrema-direita mais forte, apesar de os partidos de centro terem mantido maioria. Na França, o partido de Emmanuel Macron sofreu uma derrota tão acachapante que o presidente convocou eleições parlamentares antecipadas. Na Alemanha, na Itália e na Áustria, o avanço do discurso ultranacionalista também foi visto. Para entender o que as urnas da Europa revelam sobre o futuro político da região, Julia Duailibi conversa com Kai Lehmann, professor de Relações Internacionais da USP. Ele explica como o avanço da extrema-direita mexe no jogo político europeu e analisa as possíveis consequências para a relação do Brasil com o continente.
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