A tragédia durante a peregrinação à cidade sagrada dos muçulmanos deixou mais de 1,3 mil mortos este ano. Feito sob o calor de quase 52°C, o ritual envolveu 1,8 milhão de peregrinos na Arábia Saudita – a maior parte deles, turistas. Na Europa, a preocupação é com as Olimpíadas de Paris, que podem ser as mais quentes da história. Um relatório que envolveu cientistas e seis medalhistas olímpicos alerta que o calor acima da média poderá levar os atletas ao colapso. Para entender os riscos de grandes eventos e aglomerações de pessoas em tempos de eventos climáticos extremos, Natuza Nery conversa com a especialista em política climática Marina Marçal, chefe de Diplomacia para Cidades e Advocacy na C40 Cities, um grupo de lideranças climáticas. Marina chama atenção para os perigos que grandes aglomerações representam em tempos de recorde de calor, e destaca ações que podem ser tomadas para mitigar os impactos para a saúde. Ela destaca ainda o papel das autoridades na prevenção dos efeitos do calor extremo: “gestores públicos não podem temer alertar a população sobre as medidas de proteção”, conclui.
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