Candidato à reeleição para um terceiro mandato, Nicolás Maduro fez uma previsão alarmante caso seja derrotado nas urnas no próximo domingo. “Se não quiserem que a Venezuela caía em um banho de sangue”, disse, "garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”. A fala foi criticada até por um tradicional aliado de Maduro: o presidente Lula. Depois de o brasileiro ter declarado ter ficado “assustado”, o venezuelano rebateu sugerindo que quem se assusta precisa tomar “chá de camomila”. Para entender por que a eleição na Venezuela preocupa a comunidade internacional e quais as consequências da troca de farpas entre os dois, Natuza Nery conversa com Paula Ramón, jornalista venezuelana baseada nos EUA, e com Paulo Velasco, professor de Política Internacional da UERJ. Paula avalia como as declarações recentes de Maduro representam um momento “singular” do regime e a real preocupação de que os venezuelanos o derrotem nas urnas. Paulo explica por que, pela primeira vez em 25 anos, estamos diante de uma “possibilidade concreta e real” de ver o chavismo perder nas urnas, mas pondera: “A disputa política na Venezuela não vai se encerrar dia 28 de julho, independentemente de quem ganhe”.
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