"A Dieta de Auschwitz," da editora Ariana, é um livro que foi muito famoso durante um dia na internet. A sua publicação causou consternação. Para citar Rodrigo Guedes de Carvalho na sua crónica na TVMais, era mais um sinal de que "o mundo está a enlouquecer a passos largos."
Muitos julgaram esta obra pela capa. E bem. Mas na realidade ninguém chegou a saber o que é que estava lá dentro. Seria um livro de receitas baseado na experiência de morar num campo de concentração? Um conceito absurdo na altura, mas que hoje facilmente seria vendido como um conceito de experiência de restauração inovador para nómadas digitais tipo restaurante de leite com cereais.
Seria Emília Pinheiro apenas uma pessoa perturbada que insistia em tentar ver o copo meio cheio de uma das maiores tragédias da história da humanidade aplicando a máxima infame "ok, aquilo foi horrível, mas eles até estavam elegantes"? E o que é que terá indignado Rodrigo Guedes de Carvalho e outros internautas? O nome infeliz da editora? O facto de alguém ousar tentar lucrar às custas da barbárie que foi o Holocausto? Isso sim, seria uma falta de vergonha. Para citar Rodrigo Guedes de Carvalho a propósito de outro assunto, mas que também se aplica a este, "Tenham noção!" A Shoah é um tema demasiado sério. Não sejam abutres. Sobretudo porque este livro precedeu a publicação de "O Tatuador de Auschwitz", "O Carteiro de Auschwitz", "O Farmacêutico de Auschwitz", "As Costureiras de Auschwitz", "As Gémeas de Auschwitz", "Os Bebés de Auschwitz", "A Ruiva de Auschwitz", "O Fotógrafo de Auschwitz", "A Bibliotecária de Auschwitz", "A Rapariga de Auschwitz", "O Gestor de Redes Sociais de Auschwitz" e "O Mágico de Auschwitz". Estes livros provaram-nos que, afinal, até se pode usar o nome de um campo de concentração para comercializar livros e que até é uma falta de respeito para com as vítimas desta tragédia não a aproveitar para dinamizar o mercado editorial. Se o mercado pede, passa a ser moral.
Mas a "Dieta de Auschwitz" surgiu antes disso e muita gente julgou este livro sem saber de que tratava. Isso acabou. Fomos conhecer este livro para além do prato de batatas que aparece na sua capa infame. E a conclusão a que chegámos está algures dentro do ficheiro audio em anexo.
Deixámos um pequeno blooper a meio. Não vão saber bem o que aconteceu, porque só se ouve. Mas queríamos introduzir emoções fortes neste podcast.
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