À superfície, o turismo em Portugal vive o melhor dos mundos. No ano passado, a procura internacional cresceu 12,1%, quando comparado com o período antes da pandemia, diz a OCDE. Os cerca de 20 milhões de estrangeiros que nos visitaram deixaram em Portugal 25,1 mil milhões de euros, nota o Banco de Portugal. A receita turística vale quase 9% do PIB, o dobro da média da zona euro. Tudo junto e somado, parece possível legitimar a tese de que essa coisa do turismo a mais não existe.
Mas existe. Lentamente, em cidades europeias como Barcelona, Berlim, Málaga ou Sintra foi-se levantando um rumor contra o que se designa agora como sobreturismo. A OCDE, insuspeita de ser contra a livre iniciativa, avisa que, “muitas vezes, o impacto do desenvolvimento do turismo é desequilibrado ao nível económico, social e ambiental”.
Como equilibrar uma actividade económica indispensável para a economia com as necessidades e aspirações dos habitantes? Ou, como diz a OCDE, como evitar que “o turismo num destino atinja ou ultrapasse os níveis de equilíbrio”? Como determinar esses níveis e conseguir que o turismo de massas impeça a existência de uma cidade viva e habitada, como reclama a associação QSintra?
Interrogações e dúvidas que neste pisódio discutimos com Madalena Martins, membro da QSintra.
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