“... Estava desorganizado. Henrique sabia que a linha iria se arrumar de novo quando a última formação de batalha francesa atacasse, mas agora havia centenas de prisioneiros atrás dessa linha e esses homens capturados ainda poderiam lutar. Eles não tinham elmos e suas armas haviam sido tomadas, mas mesmo assim poderiam atacar a retaguarda de sua linha. A maioria estava de mãos amarradas, mas nem todos, e os que estavam soltos poderiam libertar os outros para se jogaram contra a linha inglesa perigosamente fina. E havia a ameaça dos franceses que pilhavam sua bagagem, mas isso poderia esperar. O vital agora era suportar a terceira carga francesa, e para isso precisava de cada arma de seu pequeno exército. Os cavalos que avançavam seriam atrapalhados pelas centenas de cadáveres, mas eventualmente passariam por esses corpos e depois as lanças compridas se cravariam em sua fileira. Precisava de homens. E os homens olhavam para ele, seu rei”.
Adaptado de “Azincourt”, de Bernard Cornwell, p. 421.
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