Ganhador da Palma de Ouro no festival de Cannes de 2019 e do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro em 2020, “Parasita” já contabiliza mais de 100 outros prêmios ao redor do mundo. O longa sul-coreano é ainda o primeiro do país a ser indicado às principais categorias do Oscar: além de “Melhor Filme Estrangeiro”, aparece entre os americanos nas listas de “Melhor Filme”, “Melhor Direção” e “Melhor Roteiro Original”.
Não é um fenômeno espontâneo: Bong Joon-ho, diretor do filme, é de uma geração de cineastas que vem se destacando em festivais internacionais há mais de uma década. Park Chan-wook, Kim Ki-duk, Lee Chang-dong e Hong Sang-soo são apenas alguns deles.
Atentos à visibilidade que a cultura pode trazer ao país, também evidente na força do k-pop, desde a década de 1990 o governo sul-coreano fomenta a produção artística e garante a exibição dos filmes em salas comerciais, consolidando assim uma indústria nacional que, agora mais do que nunca, consegue exportar seu produto.
Neste podcast, o Nexo ouviu Cássio Starling Carlos, crítico de cinema da Folha de S.Paulo, e Josmar Reyes, professor de realização audiovisual da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos - RS). Eles comentaram as características e leituras da filmografia sul-coreana.
Filmes citados:
- “The widow” (Park Nam-ok, 1955)
- “A empregada” (Kim Ki-young, 1960)
- “Three friends” (Yim Soon-rye, 1996)
- “Peppermint candy” (Lee Chang-dong, 1999)
- “Keeping the vision alive” (Yim Soon-rye, 2001)
- “Oasis” (Lee Chang-dong, 2002)
- “Mr. vingança” (Park Chan-wook, 2002)
- “Oldboy” (Park Chan-wook, 2003)
- “Primavera, verão, outono, inverno… primavera” (Kim Ki-duk, 2003)
- “Lady vingança” (Park Chan-wook, 2004)
- “A samaritana” (Kim Ki-duk, 2004)
- “O hospedeiro” (Bong Joon-ho, 2007)
- “Forever the moment” (Yim Soon-rye, 2008)
- “Sede de sangue” (Park Chan-wook, 2009)
- “Eu vi o diabo” (Kim Jee-woon, 2010)
- “Poesia” (Lee Chang-dong, 2011)
- “O expresso do amanhã” (Bong Joon-ho, 2013)
- “Certo agora, errado antes” (Hong Sang-soo, 2015)
- “O lamento” (Na Hong-jin, 2016)
- “A criada” (Park Chan-wook, 2016)
- “The truth beneath” (Lee Kyoung-mi, 2016)
- “Na praia à noite sozinha” (Hong Sang-soo, 2017)
- “Okja” (Bong Joon-ho, 2017)
- “Em chamas” (Lee Chang-dong, 2018)
- “Parasita” (Bong Joon-ho, 2019)
Músicas do programa:
- The Belt of Faith - Jung Jae-il (trilha “Parasita”)
- Cries and Whispers - Jo Yeong-wook (trilha “Oldboy”)
- The Last Waltz - Jo yeong-wook (trilha “Oldboy”)
- Jeongseon Arirang - Kim Young-im (trilha “Primavera, Verão, Outono, Inverno… Primavera”)
- Welcome to Jurassic Park - John Williams (trilha “Jurassic Park”)
- Generique - Miles Davis (trilha “Em Chamas”)
- Opening - Jung Jae-il (trilha “Parasita”)
- Devil’s Bossa - Mowg (trilha “Eu vi o diabo”)
- Dream - Mowg (trilha “Em chamas”)
- The Footsteps of My Dear Love - Jo Yeoung-wook part. Gain, Minseo (trilha “A criada”)
Textos citados:
- A Sociohistorical Contextual Analysis of the Use of Violence in Park Chan-wook's Vengeance Trilogy:
http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.918.2663&rep=rep1&type=pdf
- Beyond good and evil: revenge in South Korean cinema:
https://www.easternkicks.com/features/beyond-good-and-evil-revenge-in-south-korean-cinema
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