"Música barulhenta feita com guitarras”. A maioria das pessoas provavelmente associaria essa descrição a um estilo como o heavy metal, conhecido por canções pesadas, sombrias e agressivas. Mas a definição também vale para um outro gênero do rock que seguiu por um caminho diferente, mais atmosférico e etéreo: o shoegaze.
Com origens no fim dos anos 1980, no Reino Unido, o termo “shoegaze” significa algo como “olhar para os sapatos”, em inglês. O nome vem do hábito que os guitarristas daquela cena tinham de observar os próprios pés durante os shows, para controlar uma série de pedais usados para distorcer o som dos instrumentos.
A obra quintessencial do gênero, o álbum “Loveless”, dos irlandeses My Bloody Valentine, completa 30 anos em 2021. O Nexo conversou com representantes de três bandas brasileiras desse estilo, para comentar suas principais características, suas inspirações, e como o som evoluiu com o tempo. São eles: Felipe Aguiar, da dupla carioca gorduratrans; Stefano Fell, do conjunto gaúcho Loomer; e Stephani Heuczuk, da banda terraplana, de Curitiba.
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