Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo, ou apenas Aluísio de Azevedo, foi um multitarefas. Escritor, diplomata, caricaturista, jornalista, desenhista e pintor. Nasceu em 1857, em São Luís, no Maranhão, e morreu em 1913, em La Plata, na Argentina.
Ele era formado pela Academia Imperial de Belas Artes, do Rio de Janeiro. Em 1878 precisou retornar a São Luís em função do falecimento do pai. Como tinha que sustentar a família, iniciou na atividade literária. Seu primeiro livro publicado é Uma lágrima de mulher, em 1879.
Azevedo inaugura o Naturalismo no Brasil, com o romance O mulato, em 1881, mesmo ano da publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, que é a obra que inicia o realismo no Brasil. Então o Naturalismo acontece simultaneamente ao Realismo ao Parnasianismo.
O naturalismo foi um movimento literário que aconteceu de 1880 até, mais ou menos, 1893. Como o nome sugere, remete ao que é natural, instintivo, sem retoques. Os três movimentos, naturalismo, realismo e parnasianismo se opõem ao romantismo na temática, que aconteceu antes. O romantismo gostava de idealização, de imaginar cenários europeus ou idílicos, de mulheres angelicais ou uma atmosfera de sonhos, com histórias heroicas ou românticas e sofridas. No naturalismo a narrativa se detém na mediocridade do cotidiano, mostra personagens quase como bichos, lutando pela sobrevivência a qualquer custo. Nada é idealizado, é a vida nua e crua, com sujeira, mau caratismo, pobreza, toda feiúra que a miséria pode ter. O naturalismo se interessa por preconceitos, taras individuais e uma linguagem longe do que a gente tem hoje como “politicamente correto”. Teve manifestações também no teatro e nas artes plásticas. O precursor desse movimento na literatura foi o francês Émile Zola, com a obra O romance experimental, de 1880. Só um ano antes de Azevedo lançar O mulato.
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