No último episódio, eu comentei sobre a obra de Josefina Álvares de Azevedo e sua peça O voto feminino. Hoje vou ler uma crônica minha, publicada no site Paralelo 29, sobre dois escrivães de nome Caminha que aparecem na literatura brasileira. Um deles é o Caminha real, integrante da tripulação de Pedro Álvares Cabral, quando chegaram ao Brasil em 1500 e a partir de quando Portugal se nomeou dono do nosso país. Pero Vaz de Caminha escreve o primeiro texto considerado literário produzido em solo brasileiro, a carta de achamento do Brasil. E o outro é um Caminha fictício, criado por Lima Barreto no romance Recordações do escrivão Isaías Caminha. Essa personagem de Lima Barreto vivia no interior e vai ao RJ pra estudar e se tornar doutor. Quando chega na então capital federal ele também descobre o verdadeiro Brasil, o Brasil de preconceito racial e social, e de desigualdades imensas. E há um contraste nessas duas descobertas. O primeiro Caminha vê o potencial de um Brasil que seria muito. O Caminha personagem se decepciona com um Brasil explorado e empobrecido.
Create your
podcast in
minutes
It is Free